Francis Bacon (1909, Dublin - 1992, Madri) é um dos meus maiores ídolos, um dos artistas que mais admiro e invejo. Um único grito, talvez um pouco monotônico, mas inconfundível, e que ecoará até o fim desta civilização. Nunca estudou arte, mas desenvolveu uma forma de pintar muito própria, explorando com perfeição as distorções da figura e da mente humana.

Sem quase nenhuma preocupação com a qualidade técnica, seus quadros têm o que interessa: expressão, e expressam devidamente a fúria e o desdém pela pior espécie de seres já existente, a chamada raça humana.

Tríptico, painel 1, óleo sobre tela, 198.1 x 147.3 cm, 1988Tríptico, painel 2, óleo sobre tela, 198.1 x 147.3 cm, 1988Tríptico, painel 3, óleo sobre tela, 198.1 x 147.3 cm, 1988
Em 1944, Bacon criou o tríptico "Três estudos para figuras na base de uma crucificação", que foi exposto em uma coletiva em Londres no ano seguinte, causando grande controvérsia. Foi o início de sua fama. Esta aqui, porém, é uma segunda versão que foi pintada em 1988, em óleo sobre tela, 198,1 x 147,3 cm cada painel. É uma versão mais depurada, tecnicamente melhor mas menos visceral, não tão contundente quanto a primeira.
triptych1944-1.jpgtriptych1944-2.jpgtriptych1944-3.jpg
E esta é a versão original do tríptico "Três estudos para figuras na base de uma crucificação". Cada painel mede 73 x 94 cm e foi pintado a óleo e pastel sobre cartão. Ambos os trípticos pertencem ao acervo da Tate.
Francis Bacon
Francis Bacon em seu pequeno e incrivelmente caótico ateliê de Londres. Ele disse que criava melhor no caos.

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